Uma cidade flutuante / Une ville flottante / A Floating City

Comecei, para preencher uns 5 minutos vagos de cada dia, a ler “Uma cidade flutuante” de Júlio Verne. Júlio Verne é um autor que sempre me fascinou, por motivos diversos, dependendo da altura da vida. Ainda não estabeleci velocidade cruzeiro, tenho apenas desbravado algumas páginas iniciais quando dois paralelos se estabeleceram na descrição tecnológica do Great Eastern, o barco central da narrativa. O seu tamanho desmesurado e correspondentes implicações de exploração comercial. Da sua missão inicial foi relegado ao esquecimento e depois recuperado para colocação de cabos marítimos, tarefa a o seu gigantismo o tornava apropriado. O paralelo com o Antonov 225 Myrnia é flagrante, a ultra-especialização ocasionada pelo seu gigantismo é simultâneamente o seu ocaso e o seu poente.

Noutra nota, o sistema de controlo do Great Eastern é feito de forma intermediada, ie, ao invés de uma ligação directa ao leme, o timoneiro usa uma roda que acciona o leme através de um embolo a vapor. O salto para o corrente fl-by-wire (aqui a ligação confirma a ideia de Borges que “cada um cria os seus percursores”) não demorou a ocorrer-me. Veremos para onde segue o Great Eastern agora…

I have just started reading Jules Verne “A floating city”. Verne always had a special attention from me, for a reason or other, depending on my life development. Anyway I haven’t read this one before and I’m just going through the first pages. Right now I have noticed to interesting points in the technological description of the Great Eastern, the big boat of this narrative. The first is the commercial exploration history of this vessel, deemed too big and thus becoming dormant after some time has passenger carrier. Then, out of the docks she comes, rescued by that gigantism that sent her there: size matters for laying down submarine cables. I immediatly remembered the fate of the Antonov 225, its fate always connected to his beastly size, simultaneously its “saviour” and “doom”. On another note, the way the man at the helm controls the rudder, through a steam system, an intermediation that begs to mind our current fly-by-wire systems. This last is off course a connection established by pure expression of that Borgesian idea that each one creates its precursors…

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Ricardo Reis

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